
DENGUE DIMINUI NO RJ, MAS FEBRE OROPOUCHE AUMENTA NO INTERIOR
O estado do Rio de Janeiro tem observado uma redução nos casos de dengue nos últimos meses. Entretanto, uma nova preocupação surge com o aumento significativo de registros de febre Oropouche, especialmente em municípios do interior, como Cachoeiras de Macacu, Nova Friburgo e Cantagalo.
Dados da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) indicam que, nos primeiros dois meses de 2025, foram confirmados 461 casos de febre Oropouche, um número que já supera os 138 casos registrados em todo o ano de 2024. Cachoeiras de Macacu lidera com 122 casos confirmados, seguido por Itaboraí (62), Rio de Janeiro (58), Guapimirim (55), Duque de Caxias (20), Casimiro de Abreu (20) e Cantagalo (8).
Em Nova Friburgo, a Secretaria Municipal de Saúde confirmou um caso da doença em um paciente de 81 anos, que apresentou sintomas em maio de 2024, mas não necessitou de hospitalização.
A febre Oropouche é transmitida principalmente pela picada do mosquito maruim (Culicoides paraensis), também conhecido como mosquito-pólvora ou borrachudo. Os sintomas incluem febre de início súbito, dor de cabeça, dores musculares e articulares, podendo evoluir para manifestações mais graves, como meningoencefalite em pacientes imunocomprometidos.
A SES-RJ tem trabalhado em conjunto com os municípios afetados para alinhar estratégias de prevenção e tratamento da doença. Em Cachoeiras de Macacu, por exemplo, foram realizadas reuniões para definir ações de combate ao vetor e conscientização da população.
Pesquisas lideradas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontam que o recente surto de febre Oropouche está relacionado a uma nova linhagem viral que surgiu na Região Amazônica. Essa linhagem apresenta alterações genéticas que podem facilitar o escape de anticorpos, tornando a população mais suscetível à infecção.
Diante desse cenário, as autoridades de saúde reforçam a importância de medidas preventivas, como o uso de roupas compridas, repelentes e a manutenção de ambientes limpos para evitar a proliferação do mosquito vetor. Além disso, é fundamental que indivíduos com sintomas procurem imediatamente uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento adequados.